Levain? Hein?

Pão, pão, pão, pão (assim, como na sinfonia de Beethoven).
Pão e pronto.
E manteiga.
Quente.
A qualquer hora e em qualquer lugar.
De forma, com aquela miolaiada branca inútil, nem pensar.
Minha vida mudou depois que meu amigo Tatu me ensinou a fazer um pão rústico, que, apesar de ser bastante simples, demorei umas boas oito fornadas pra aperfeiçoar. Em compensação, agora faço com os olhos fechados, com os pés nas costas e com confiança de profissional (só que não hehehe).
Mas, de uns tempos prá cá, comecei a me interessar por pães de fermentação natural. Apesar do meu pão rústico levar somente um tico de fermento, eu queria era fazer as coisas desde o começo (mais do que nunca, quero saber o que entra na minha casa, no meu corpo, quais são as substâncias que estou ingerindo e dando pra minha filha... belagilzeando cada vez mais). Foi aí que fui atrás de fazer meu próprio fermento, a partir somente de água e farinha.
A deusa Neide Rigo, que é uma pessoa que jamais vai passar fome na vida, postou há um tempo atrás, como iniciar um levain, e eu fui de curiosa, tentar fazer o meu. Deu errado, mas não desisti.
Fui atrás de vídeos no youtube e encontrei um do Miguel Winge e finalmente, meu levain saiu.
Como eu comecei a escrever essa postagem em 2018 e só me lembrei de retornar aqui hoje (dia 22 de abril de 2020, em plena quarentena-preapocalíptica-covidiana), posso dizer que não só meu levain deu certo, mas que se tivesse contado, já teria feito mais de três mil pães!
Calma, eu não comi todos eles não. Mas tive que começar um negócio local, pra dar conta da quantidade de pães que eu gostaria de fazer (e que não ia conseguir comer).
Assim surgiu a UEBA Pães Artesanais.
Mas tenho muita coisa pra escrever ainda...
Espero que eu não demore outros dois anos pra fazer o próximo post.

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