Horas vôo

Tenho que admitir que strogonof não seria tão gostoso se não fossem os acompanhamentos. Na verdade, se não fosse nosso bom e velho arroz branco.
Na tenra idade, eu nunca precisei me preocupar em aprender a fazê-lo, pois arroz sempre tem em qualquer casa, e na da minha avó não era diferente.
Mas quando cresci, percebi que teria que aprender a cozinhar um simples arrozinho. E como diria um amigo meu, simples não é (e nunca foi) fácil. 
Aprendi a receita básica, sempre fiquei por perto pra aprender todos os truques envolvidos, como a lavagem do arroz e depois deixá-lo secar muito bem (hoje em dia essa tarefa chatíssima não é mais necessária, pois o arroz já vem lavado; não sei se muito bem lavado, mas eu confio), fritá-lo e tudo e tal. A quantidade de água também era importante, e ponto, ainda mais.
Olhar é simples, fazer não é fácil. Os meus primeiros arrozes saíram empapados, ou duros, ou unidos venceremos... 
Foi então que eu percebi que eram necessárias muitas horas vôo para que aquela deliciosa e curiosamente simples iguaria pudesse chegar aos pés do meu tão adorado strogonof.
Não é preciso dizer que faço arroz com o pé nas costas, depois de uns 10 anos pilotando amadoramente o meu fogão.


Comentários

Unknown disse…
Dri, simplesmente amei!!!!!!!
Está MARAVILHOOOOOSO! E esse seu talento para escrever que eu desconhecia. Só podia ser vc mesmo amiga, sempre surpreendendo a gente. Parabéns pelo blog! Só gostaria de saber uma coisa: cadê a receita do famoso strogonoff? Bjs amore e nos vemos em dezembro.
Adriana Torati disse…
Oi amigas queridas!!!

Muito obrigada pelos recadinhos...
Eu so escrevo borracha, nao??? Mas eu sou assim. Eu nasci assim, cresci assim... Que nem a Gabriela...

Beijooooo

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